Uma nova opção para o tratamento do HIV deve chegar em breve ao Sistema Único de Saúde (SUS). É o Biktarvy.
O medicamento é combinação de três drogas - bictegravir, emtricitabina e tenofovir alafenamida - em um único comprimido.
Segundo a infectologista Keilla Mara de Freitas, o Biktarvy será uma opção, por exemplo, para pacientes em início de tratamento.
O esquema mais comum para tratar HIV atualmente é o comprimido que combina dolutegravir e lamivudina. A droga, no entanto, só pode ser receitada a pacientes soropositivos que já estejam indetectáveis para HIV.
O tenofovir usado na nova droga não é o já conhecido e usado há muitos anos no Brasil e que, a longo prazo, pode causar lesões nos rins e nos ossos.
O Biktarvy, então, também se torna opção para quem já apresenta comprometimento renal ou osséo. De acordo com a médica, o tenofovir alafenamida se concentra mais dentro das células, o que faz com que a dose necessária seja menor, o que se traduz em menos toxicidade no organismo.
A infectologista também aponta que a nova droga é ainda opção para quem, por exemplo, apresenta coinfecção por HIV e hepatite B, o que impede de se usar a terapia dupla (dolutegravir + lamivudina).
O Biktarvy já tem uso no exterior e está com protocolos em andamento para aprovação no sistema público brasileiro.