México: feministas atacam locais LGBT e picham 'trans estupram'

Em poucos dias, dois dos mais famosos locais LGBT da capital foram vandalizados

Publicado em 31/10/2020
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Mais de 40 entidades LGBT e personalidades fizeram carta aberta contra ataques

A comunidade LGBT da Cidade do México está em alerta por conta de ataques de feministas a locais de frequência arco-íris. Nos últimos dias, dois dos mais tradicionais 'antros', bares populares da capital mexicana, foram pichados. No La Puri (La Purísima), escreveram: "Os trans estupram".

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O artigo masculino é explicado pelo fato de as feministas radicais, como denominou o movimento LGBT da cidade, não considerarem que quem nasça com pênis seja mulher.

Quanto à citação ao estupro há duas explicações. Para esse braço do feminismo, homens se passam por mulheres trans para poder fazer sexo com mulheres.

Além disso, parte do movimento de lésbicas não aceita que uma homossexual tenham de ir para cama com trans feminina sem cirurgia de transgenitalização. Há segmento do movimento trans que considera como discriminatório gostar de mulher e não fazer sexo com trans que têm pênis.

O uso de banheiro feminino por pessoas não-binárias e trans femininas é outro ponto de discórdia. Algumas feministas rechaçam a ideia. 

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Pichações foram apagadas, mas ativistas afirmaram que voltarão. Fotos: Charlie Dos Veces López

Outro bar atacado foi o El Marra (Marrakech Salón), no qual repetiram o xingamento contra trans e escreveram "LGTB, merd* misógina".

A contenda não tem indícios de que vá acabar. Após a pichação ser apagada, foi feita outra com recado: "Ainda que apaguem, voltaremos". 

A comunidade LGBT está mobilizada contra essa ideologia discriminatória. Em carta aberta, mais de 40 entidades e outras dezenas de personalidades denunciaram os ataques

"Esse movimento que suspostamente se opõe à violência patriarcal não apenas a reforça, como a apoia diretamente ou até a comete."

Nas redes sociais, coletivos feministas relatam que uma mulher cisgênero teria sido estuprada por uma trans, que afirma ter sido rejeitada pela acusadora por transfobia. 


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