Luciano Huck presidente? É o que o ativista gay Eliseu Neto quer

Um dos responsáveis pela criminalização do ódio a LGBT no Brasil está pronto para ser o 'gay do Huck'

Publicado em 27/04/2020
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Eliseu Neto sobre Luciano Huck: candidato que faz convergência e dialoga

Criminalização do ódio a LGBT. Respeito ao nome social de pessoas trans no Ensino Médio. Luta para que gays e homens bi possam doar sangue no Brasil. Fazer Luciano Huck presidente da República. O que há de comum nessas frases? A assinatura do político e ativista LGBT Eliseu Neto

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As duas primeiras orações são conquistas reais que a comunidade LGBT deve também a esse psicopedagogo que lidera o setorial arco-íris do partido Cidadania. E o que está posto é tornar realidade também a última e ver a faixa presidencial no peito do apresentador de TV. Determinação para tal, esse paulista tem. Certeza que isso será bom para LGBT, também.

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A trajetória na política de Eliseu começou em 2012, ainda no antigo PPS. Em pouco tempo, conseguiu força interna suficiente pra ser um dos responsáveis pela mudança do nome do coletivo para Cidadania e colocar no estatuto a defesa da cidadania arco-íris.

Hoje é assessor no Senado Federal em educação, cultura e direitos humanos, e coordenador nacional do setorial LGBT do partido.  

Mas ainda há mais para construir, nota-se ao ver o entusiasmo com que Eliseu fala da mais que dada candidatura de Luciano Huck à Presidência da República. 

A relação entre os dois começou em 2016, quando Eliseu fez o curso para políticos do grupo Renova, que tem o artista como um dos patrocinadores.

Nessa fornada estavam os atuais deputados federais Tábata Amaral, Felipe Rigoni e Marcelo Calero, e o senador Alessandro Vieira. 

E era para ter outro vitorioso aí! "Huck iria ser candidato já em 2018, mas não aconteceu", explica Eliseu, de forma cabisbaixa, à nossa reportagem, mas para logo recuperar o ânimo. Tudo indica que agora, lê-se 2022, vai!

"O melhor é ver que a candidatura dele não é algo pessoal, mas sim de todo um movimento, de ideias."

E haveria mais adjetivos para, por tabela, Angélica merecer o título de primeira-dama da República, defende.  

"Messias não existe... Lulismo e bolsonarismo, por mais que esse último seja muto pior, não servem. Precisamos sair dessa ideia de Messias. O Huck faz isso. Ele entra no diálogo, na conversa, une deputados de ideias diferentes. Precisamos alguém que saia da dicotomia do antipetismo, que é uma força política no Brasil, por razões fundadas e muitas vezes infundadas, e faça o diálogo. E o Huck representa essa postura."

Para Eliseu, Huck seria um bom governante para LGBT. Para firmar essa convicção, ele lê sinais. 

"Nunca falei especificamente com Huck sobre LGBT. Mas conheço a história do Luciano. Ele tem um irmão gay assumido, ele é progressista. O contorno dele tem muito compromisso com essa pauta. Na minha turma do Renova havia uns 17 LGBT.  E o Cidadania em si é outra prova disso. Somos autores de uma das ações no Supremo Tribunal Federal que levou à criminalização da LGBTfobia." 

Há mais. "Da mesma forma que não é preciso perguntar a uma pessoa filiada ao PSL se ela é conservadora, quem entra no Cidadania, por várias questões, não tem como ser homofóbica." Todas as apostas no mundo político e na imprensa dão que Huck será candidato pelo partido.

Eliseu mostra-se pronto para mais uma campanha presidencial. Isso mesmo, mais uma. 

"Em 2018, eu era conhecido como o gay da Marina Silva. Já me acostumei. Acho fundamental ser um ativista LGBT e ter participação e influência em campanhas majoritárias de tanto peso. Estou pronto para ser o gay do Huck!"


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