Apenas 21,9 mil doses de 50 mil disponíveis da vacina contra a mpox (antes conhecida como varíola dos macacos) foram aplicadas no Brasil, o que significa que 28,1 mil encalharam.
A compra do imunizante foi feita pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que permite aquisição de vacinas por preços mais acessíveis.
A campanha de vacinação começou em março de 2023, no entanto, segundo o jornal O Globo, servidores da pasta avaliam que a divulgação da campanha não foi eficaz em atingir o público-alvo.
O imunizante era destinado, em um primeiro momento, a profissionais de saúde em contato com o vírus, pessoas que tiveram convívio com alguém infectado e soropositivos para HIV com contagem de CD4 (células de defesa) inferior a 200.
Meses depois, foram incluídos na campanha todos os soropositivos indepedentemente da contagem de CD4.
No mundo, a doença se espalhou, em 2022, dentre a comunidade gay. Em muitos países, como os Estados Unidos, a vacinação teve como alvo gays e bissexuais.
Para o Ministério da Saúde, a baixa procura se deu por causa da diminuição dos casos.
Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a mpox da lista de emergências em saúde pública de importância internacional.
No Brasil, desde o primeiro caso registrado - em junho de 2022 - 10,9 mil pessoas contraíram o vírus e 16 morreram. Os dados são de boletim divulgado em julho.
O prazo da vacina Jynneos, comprada pelo Brasil, foi prorrogado para fevereiro de 2024. A pasta afirmou que enviou nota técnica às Unidades da Federação atualizando o público-alvo da vacinação e que está trabalhando para garantir que todas as doses sejam usadas.
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