A influenciadora trans Romagaga foi presa, na manhã do sábado 27, em São Paulo.
Segundo o portal Leo Dias, por volta das 9h, o gerente de um hotel na Rua Augusta, região central da capital paulista, pediu que a influenciadora de 30 anos e outros acompanhantes desobstruíssem a entrada do estabelecimento.
Romagaga, então, teria reagido com agressividade, invadido a recepção, tentado danificar um computador e ameaçado funcionários.
No boletim de ocorrência, consta que ela teria ficado sem roupa tanto no hotel quanto na delegacia e acusado o gerente de ter roubado seu iPhone.
O aparelho, no entanto, foi encontrado com ela mesma, que o utilizou para transmitir uma "live" sobre o episódio.
A reportagem informa que os policiais a descreveram como "visivelmente desequilibrada" e que a influenciadora apresentava sinais de embriaguez ou de uso de substâncias.
Romagaga acusou o gerente de transfobia e de racismo contra um de seus amigos. "Me trata como desumano. Eu sou mulher... me ajuda", ela teria dito.
Ela seguirá detida no 78º DP (Jardins) ao menos até o domingo 28 quando será realizada audiência de custódia.
De acordo com o advogado da influenciadora, não há fundamentos legais para a manutenção da prisão.
"Na oportunidade, a defesa esclarecerá ao magistrado a realidade fática e demonstrará que a manutenção da prisão é absolutamente desnecessária, tendo em vista a ausência dos requisitos previstos no Código de Processo Penal, dentre eles, risco à ordem pública”, afirmou a defesa, em nota, ao portal Metrópoles.
"Paralelamente a isso, a defesa buscará a responsabilização civil, criminal e administrativa de todos aqueles – agentes públicos ou não – que incorreram na prática dos crimes de abuso de autoridade e homofobia."