Perseguido no Líbano, gay vive há 1 mês em aeroporto do Equador

Tarek Abdelhay está em Guayaquil e tenta ir para a Espanha

Publicado em 03/08/2021
Tarek Abdelhay: jovem gay libanês vive em aeroporto de Guayaquil, no Equador
Saga de rapaz começou em 13 de junho. Na Espanha, onde queria ficar, ele perdeu os documentos

Perseguido por ser gay, um rapaz atravessou o mundo e está há um mês vivendo em um aeroporto à espera de seu destino final em busca da sonhada segurança.

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Tarek Abdelhay vivia no Líbano e trabalhava com o pai no comércio. Ele relata que teve de fugir após passar a ser ameaçado e perseguido por causa de sua orientação sexual.

Sua saga começou em 13 de junho quando ele viajou para Istambul, na Turquia. Dias depois, ele pegou voo para a Cidade do Panamá. De lá, foi para a capital equatoriana, Quito. 

Então, Tarek seguiu para Guayaquil, também no Equador e dali, finalmente, foi para seu destino final: Madri.

Mas na capital espanhola, o jovem perdeu seus documentos. Lá, ele ficou dez dias sob tutela da Cruz Vermelha. 

Após ter seu pedido como refugiado rejeitado, Tarek foi mandado de volta para o último destino antes de Madri, ou seja, Guayaquil.

O libanês passou a viver, desde 5 de julho, no aeroporto José Joaquín de Olmedo à espera de solução para seu caso.

Sua bagagem demorou dez dias para chegar, o que fez com que Tarek passasse frio.

Jovem gay refugiado do Líbano vive em aeroporto do Equador

Com fome e sem banho, o jovem contou com ajuda de alguns funcionários de lojas do aeroporto. Sua cama foram os bancos.

Muçulmano, passou a fazer suas orações no banheiro ou dentre os passageiros, sentados.

"Falo com minha família, meus amigos, mas a maior parte do tempo caminho entre o portão de embarque número sete ao 11", contou à mídia local.

O Ministério de Relações Exteriores do país contatou a Embaixada do Líbano no Equador, mas as duas opções dadas a Tarek não era promissoras.

Eles poderiam emitir passaporte de emergência para o rapaz, mas que só serviria para ele voltar para o Líbano. A outra opção era produzir um passaporte simples, mas que necessita de autorização expressa do governo libanês, algo que poderia levar meses.

O desejo de Tarek era ir para a Europa ou Canadá - para onde ele tinha visto.

Tarek não deu muitas informações à imprensa sobre sua família nem permitiu ser fotografado. Ele teme que sua família seja perseguida se suas fotos circularem na internet e chegarem ao Líbano.

Por fim, após advogados intercederem, Tarek conseguiu na sexta-feira 30 que a embaixada libanesa se comprometesse a fornecer documentos provisórios no prazo de oito dias.

Ele poderá, então, voltar para Madri e viver a vida que planejou.

 

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