Paradas do orgulho LGBT voltam no Brasil, mas sem ir às ruas

Apesar de se nomearem como um tipo de marcha, eventos serão realizados em espaços sem locomoção

Publicado em 10/11/2021
meia arco-íris parada orgulho
A cidade de São Paulo pode ter - ou não - primeira parada na rua após início da pandemia. Foto: Depositphotos

Uma boa e uma estranha notícia sobre as paradas do orgulho LGBT nesse pretenso período de controle da pandemia da covid-19: elas estão voltando ao formato presencial, mas não como se esperaria pelo nome que elas têm. As marchas não andarão!

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Está marcada para 28 de novembro a 21ª Parada do Orgulho de Macapá, mas não haverá desfile.

O evento será realizado em espaço delimitado ainda por conta da pandemia, explicou à nossa reportagem o coordenador geral do evento, Bryan Marques. 

"Não será possível voltar ao que fizemos até 2019, quando levamos 70 mil pessoas para a orla da cidade. Em acordo com a prefeitura, faremos a celebração como evento teste para controle da pandemia, o que nos obriga a exigir comprovante de vacinação. Será evento em clube para 5 mil indivíduos e com transmissão pela internet."

Outro exemplo potencial vem da Bahia. Está marcada a primeira edição da parada de Morro de São Paulo, no município de Cairu, para 12 de novembro. Entretanto, a divulgação fala apenas de festas em clubes fechados. 

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A dúvida paira sobre a 5ª Parada de Cidade Tiradentes, bairro da zona leste de São Paulo. Marcada para 21 de novembro, a "marcha" tem ponto de referência a Casa de Cultura Hip Hop Leste, onde serão feitos shows musicais, de dança e com drag queens. 

Haverá ocupação de rua? Pode ser que sim. Pode ser que não. Um dos responsáveis pelo evento, o integrante do coletivo Família Stronger, Elvis Justino, deixa a questão no ar. 

"A parada sai da frente da Escola Oswaldo Aranha, na Avenida dos Metalúrgicos, e vamos para a Casa de Cultura Hip Hop. Só não divulgamos ainda para que a prefeitura regional não tente dificultar a marcha", afirmou ao Guia Gay.

O nome "parada" sem o verbo andar foi vivido meses antes até. Em Criciúma (SC), em 28 de agosto, realizou-se evento em parque com palco com objetivo de apoiar professor que tinha sido demitido por exibir clipe com pessoas LGBT na sala de aula. 

Esse modelo é raro no Brasil. Um dos poucos ou talvez um dos únicos do País a executá-lo é o coletivo organizador da Parada do Orgulho de Juiz de Fora, feita assim antes da pandemia. 

Exceção já certa é a III Marcha da Diversidade e Parada do Orgulho LGBTI+ de Foz do Iguaçu (PR). O evento será realizado em 14 de novembro com concentração na Avenida JK com a rua República Argentina e caminhará até a área central da primeira via. 

 

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