50 LGBT Mais Influentes do Brasil 2020 - 1º ao 10º lugar

Pelo terceiro ano consecutivo, listamos personalidades de destaque em áreas tais como ativismo, cultura, política e redes sociais

Publicado em 22/12/2020

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Não há dúvida: o ano de 2020 é um marco na história. A pandemia do novo coronavírus afetou todos os aspectos da vida humana. Entretanto, a dinâmica social, mesmo com adaptações, limitações, perdas e receios, continuou. E quem, dentre LGBT, atuou de forma mais destacada nesse cenário no País?

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Com base em análise feita ao longo de todo ano, eis aqui uma resposta sólida e criteriosa: a lista 50 LGBT Mais Influentes do Brasil 2020

Pelo terceiro ano consecutivo, a Rede Guiya - que publica este site e mais quatro guias gays de outras capitais - divulga esse rol, que, a cada edição, ajuda a registrar pessoas que tiveram e usaram seu poder de influência. 

Não é catálogo de ativistas. Há inclusive quem, mesmo sendo LGBT, atuou contra a causa arco-íris ou nada ou pouco por ela fez.  

Não é ranking de quem tem mais fama. Muitas pessoas provam que não é apenas por meio de milhares de likes nas rede sociais que se pode causar reverberação na vida de milhões de outras.

Não é julgamento moral nem ideológico. A vida social e política do país é complexa demais para caber em bolhas, feitas de purismo - seja de que essência for.  

Trata-se de tentativa de analisar, isso sim, a influência de pessoas LGBT por meio de suas responsabilidades, falas, atos, redes de contatos, espaços de poder que ocupam e/ou são por elas construídos. Onde? Na vida pessoal, na profissão, na política, nas redes sociais, na mídia...

Uma lista como essa é viva e fala de seu tempo. O novo coronavírus moldou a seleção deste ano. O fato de áreas tais como televisão, cinema, turismo, entretenimento LGBT, música e esportes terem sido bastante afetadas pela pandemia cerceou a atuação de muitas pessoas desses campos em relação a edições anteriores.. 

Por outro lado, com todo mundo dentro de casa por meses, influenciadores digitais foram ainda mais vistos e ouvidos. Ganharam projeção.

Outro acontecimento marcante que está no DNA desta lista foi a ida do Brasil às urnas para escolher quem vai gerir as cidades nos próximos quatro anos. Vitórias, trajetórias e derrotas e as dimensões alcançadas por elas estão refletidas aqui. 

Sobre quem é LGBT? Age-se aqui com apenas uma postura: a de que respeitar a autodeclaração é um dos ensinamentos mais importantes que a luta social identitária ensinou e ensina.

50 LGBT Mais Influentes do Brasil em 2020

10º - Thiago Amparo

50 LGBT mais influentes de 2020: o advogado e colunista da Folha Thiago Amparo

Em ano marcado pela luta antirracista, o advogado ganhou projeção na mídia e tornou-se referência na temática. É colunista da Folha de São Paulo, onde também vocaliza demandas LGBT, doutor pela Central European University (Budapeste) e professor de direito internacional e direitos humanos na FGV em São Paulo.

Foi nomeado pela Câmara dos Deputados integrante de comissão de juristas para estudar e propor mudanças na legislação contra racismo no Brasil e, a convite do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, em Genebra, integrou painel sobre violações por agentes de segurança contra afrodescendentes. 

9º - Erika Hilton

50 LGBT mais influentes de 2020: a vereadora trans Erika Hilton

Ao ser a primeira trans feminina eleita para a Câmara Municipal de São Paulo, ela tornou-se símbolo político e na mídia nacional e internacional da onda de renovação identitária que marcou os poderes legislativos nas eleições de 2020. Foi reverberação de vitória que, em si, já tinha sido maiúscula.

As 50.508 vezes que seu número de candidatura foi digitado nas urnas deram à psolista a sexta colocação no ranking de quem mais recebeu votos na disputa e o título de mulher mais bem posicionada na lista.

8º - Pedro HMC

50 LGBT mais influentes de 2020: o youtuber gay Pedro HMC do Põe na Roda

Dono do maior site de notícias LGBT do Brasil, o Põe Na Roda, com milhões de acessos mensais e repercussão também gigantesca em redes sociais. Adicionado a isso, também consegue adesão em vídeos no Youtube e em postagens no Instagram do site e pessoal.

Não se trata apenas de alcançar pessoas com imagens. Seu estilo é de defesa do que pensa como sendo o mais adequado para a cidadania LGBT principalmente. Informa e forma.

7º - Reinaldo Bulgarelli

50 LGBT mais influentes de 2020: Reinaldo Bulgarelli

Sua missão é um verbo: incluir. A conjugação é feita em diversas frentes, tais como a direção da Associação Brasileira de Recursos Humanos, a docência universitária e a liderança do Fórum de  Empresas e Direitos LGBTI+, que reúne dezenas das maiores multinacionais que atuam no País.

Muitas das políticas internas e externas de respeito à diversidade de orientação sexual e identidade de gênero que essas companhias hoje abraçam tiveram como fato catalisador e motivador um encontro ou, nos atuais tempos, uma vídeo-chamada com esse cientista social e pedagogo. É por meio de seu trabalho que, cada vez mais no Brasil, o lucrar tem rimado com diversificar. 

6º - Leo Dias

50 LGBT mais influentes de 2020: o jornalista gay Leo Dias

Ele saiu do portal UOL e foi para o Metrópoles, deixou direção artística do TV Fama, da RedeTV!, antes mesmo de sua estreia e teve passagem relâmpago pela Jovem Pan. Leo Dias sai de grandes empresas de comunicação como quem troca de roupa, e isso não o tira da mira de outros veículos nem o faz perder perder prestígio.

Pelo contrário, o jornalista continua sinônimo de sucesso na sua área: ninguém consegue mais bastidores de celebridades como ele. Nem mesmo uma estrondosa briga com Anitta - que ele diz ter sido sua fonte para notas quentíssimas por anos e que repercutiu por dias a fio - abalou sua credibilidade junto a famosos e público.

5º - Carlinhos Maia

50 LGBT mais influentes de 2020: o influencer gay Carlinhos Maia

O número de vezes em que Carlinhos foi "cancelado" na internet só deve perder para Anitta. É raro que passe uma semana em que seu nome não esteja na mídia ou um mês em que não seja exposto à fúria de pessoas contrárias a algum posicionamento seu.

Fato é que nada parece manchar sua influência junto aos fãs e à publicidade considerando que seu império só cresce. 

4º - Toni Reis

50 LGBT mais influentes de 2020: o ativista gay Toni Reis

O presidente da Aliança Nacional LGBTI+, maior rede de ativismo arco-íris do Brasil, e integrante da coordenação de uma das mais amplas organizações homossexuais no mundo, a Gay Latino, foi voz fulcral para a conquista de uma das principais demandas do movimento arco-íris: a permissão para que gays, homens bissexuais e mulheres trans doassem sangue, vinda por decisão do STF em 2020.

Está sob sua regência a ação mais robusta já feita no País em prol da efetivação de direitos da comunidade LGBT. A iniciativa “Cumpram-se as decisões do STF” vai atuar junto a Ministérios Públicos, Defensorias Públicas e Secretarias de Segurança de todas Unidades da Federação com objetivo de cada vez mais tornar real a avançada legislação brasileira na proteção e garantia da cidadania LGBT.

3º = Fabiano Contarato

50 LGBT mais influentes de 2020: o senador gay pela Rede Fabiano Contarato

O primeiro e único senador gay assumido do Brasil foi protagonista de destacados episódios. O integrante do partido Rede do Espírito Santo fez denúncia à ONU contra o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) por o mandatário ter vetado trechos de lei que determinava assistência a povos indígenas na pandemia.

O parlamentar incluiu LGBT em projeto de lei que aumenta pena de crimes cometidos por preconceito e em proposta que pune e capacita agentes de segurança. Ambos foram aprovados. No mais, atuou para algo histórico: iluminação arco-íris do Congresso Nacional. Além disso, ficou em segundo lugar na escolha dos jornalistas do prêmio Congresso em Foco como melhor senador.

2º - Pabllo Vittar

50 LGBT mais influentes de 2020: a drag queen Pabllo Vittar

Primeira drag queen capa da Vogue brasileira foi só uma das conquistas dessa artista que conseguiu se movimentar mesmo em meio a shows e festivais cancelados pela pandemia. No carnaval, Pabllo repetiu a dose com seu trio próprio em São Paulo e Salvador e brilhou na folia de BH e Recife.

Em março, após faixas de seu terceiro álbum, 111, vazarem, a cantora antecipou lançamento. O disco incluiu parcerias com Ivete Sangalo e a mexicana Thalía. Em novembro, Pabllo foi eleita pelo segundo ano consecutivo melhor artista brasileira no MTV Europe Music Awards (EMA). Por fim, no prêmio Homem do Ano 2020, da revista GQ, a artista foi eleita Ícone do Ano.

1º - Anitta

50 LGBT mais influentes de 2020: Anitta

Onde ela é patroa? Mais fácil responder onde não é! Bastou se interessar por política que ela, bissexual assumida, tornou-se, em lista do jornal O Globo, a terceira personalidade mais influente na questão no Brasil. A conversa é fazer dinheiro? Publicações e estudos tentam desvendar os caminhos do império cujas pisadas iniciais foram dadas em Honório Gurgel, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro. O tópico é treta? O ano teve as novas, quando Ludmilla, Latino e Leo Dias subiram no octógono, e as finalizadas, com Pabllo Vittar, com direito a música e clipes juntas. 

Ah, e teve música! Se no início do ano ela tomou conta das pistas com Rave de Favela (parceria com MC Lan e Major Lazer), foi com Me Gusta (em featuring com Cardi B e Myke Towers), que Anitta se juntou a seleto time de apenas oito nomes brasileiros que em 62 anos conseguiram entrar no Top 100 da Billboard, a parada oficial de singles dos Estados Unidos e mais importante lista de sucessos do mundo! 

O poder é tamanho que reclamação dela fez o dicionário de português Oxford, utilizado pelo Google, mudar o conceito de patroa. Saiu de "dona de casa ou mulher de patrão" para "proprietária ou chefe de um estabelecimento privado comercial, industrial, agrícola ou de serviços, em relação aos seus subordinados; empregadora". O fato é: quando o dicionário quiser foto de patroa, já sabe qual usar! 

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