Padre Fábio de Melo lamenta morte da travesti Luana Muniz

Em 2015, religioso reconheceu preconceito que tinha pelos transgêneros e louvou trabalho social realizado pela militante

Publicado em 08/05/2017
Padre Fábio de Melo lamenta morte da ativista travesti Luana Muniz
Amigos se conheceram em 2015, na quadra da Mangueira (RJ)

O padre Fábio de Melo lamentou a morte da travesti Luana Muniz. Ela morreu aos 59 anos no sábado 6 após complicações renais e do coração decorrentes de uma pneumonia bilateral.

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"Nestes dois anos em que nos tornamos amigos, pude conhecer de perto suas alegrias e seus calvários", escreveu o religioso em sua página no Facebook.

"Guardarei comigo os áudios bem-humorados, emocionados, sempre me desejando o bem, assegurando-me a certeza de orar por mim (...) Os pobres da Lapa perderam um lugar humano onde Deus era sempre acolhedor."

Militante pelos direitos LGBT, Luana participava de projeto que capacitava transgêneros para o mercado formal de trabalho e mantinha um casarão na Lapa onde acolhia travestis, transexuais, prostitutas e portadores do vírus HIV.

Era de Luana a frase "Tá pensando que travesti é bagunça?". Ela conheceu o padre em 2015. No encontro, Fábio de Melo admitiu preconceito que tinha contra travestis e reconheceu o importante trabalho da militante na região central do Rio de Janeiro.

Luana será tema de um documentário que leva seu nome assinado por Ana Terra Athayde e de um livro escrito por Anja Kessler ainda este ano.


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