O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para saber se aplicativos de encontros voltados a homens gays e bissexuais têm adotado medidas de segurança.
Segundo o UOL, comunicado do órgão cita uma série de ocorrências, como roubo, extorsão e até homicídios, registrados em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Distrito Federal.
Segundo o procurador responsável pelo procedimento administrativo, Lucas Costa Almeida Dias, prática de crimes por meio de apps de relacionamento é notória, porém casos contra este público tem "condutas agravadas", pois são "movidas por preconceito e ódio".
Dias acredita que haja subnotificação de crimes e falha das plataformas. Ele cita o constrangimento que muitas vítimas sentem ao ir a uma delegacia e expor o ocorrido e que também as empresas falham em implementar medidas de segurança.
O documento cita um protocolo australiano adotado pelas plataformas que exigem investimento em sistemas de detecção de ameaças, canais de denúncia e banimento de contas irregulares.
Consultado, o Hornet diz que segurança e bem-estar são prioridades. App informa que tem moderação proativa, ferramentas de denúncia e medidas contra comportamentos abusivos. Grindr não respondeu a um pedido de comentário da reportagem.
Em julho, um homem foi sequestrado em Anápolis (GO) após marcar encontro pelo Grindr. Em maio, dois suspeitos foram presos por aplicar o golpe Boa noite, Cinderela, na Baixada Fluminense, pelo Grindr.
Dentre outros vários casos, também repercutiu muito a morte de um jovem de 24 anos, em 2024, após marcar encontro pelo Hornet e ser atraído para um assalto, em São Paulo.