Morre Pete Burns, ícone LGBT e ex-vocalista do Dead or Alive

Transgressor, cantor emplacou hits e misturava referências masculinas e femininas em seu estilo

Publicado em 24/10/2016
Morre Pete Burns, vocalista do Dead or Alive
Pete tinha 57 anos e nos últimos anos lutava contra cirurgias mal-sucedidas

Morreu no domingo 23 o cantor Pete Burns, que ficou famoso na década de 1980 como vocalista da banda Dead or Alive.

Curta o Guia Gay Salvador no Facebook

Em comunicado, seu empresário disse que era com "grande tristeza" que anunciava a morte do artista por ataque cardíaco.

"Toda a sua família e amigos estão devastados pela perda de nossa estrela tão especial", disse o empresário, segundo a BBC.

Britânico, Pete tinha 57 anos e em 2015 havia declarado falência. Em meados da década passada, ele participou de uma edição do Celebrity Big Brother e era notícia por causa das cirurgias plásticas mal-sucedidas.

Em 2010, o artista ganhou processo contra o médico Maurizio Viel por causa de implantes labiais que teriam dado errado.

Pete formou o Dead or Alive em 1977 e a banda fez apenas uma turnê pela Inglaterra. O grupo acabou e dois anos mais tarde, Pete começou o grupo Nightmares in Wax com outros integrantes. Em 1980, após alguns EPs lançados, ele decidiu mudar o nome da banda para Dead or Alive.

O grupo lançou sete álbuns e teve vários hits na parada britânica e na parada dance norte-americana, mas nenhum teve tanto êxito internacional quanto You Spin Me Round (Like a Record)

Pelo visual andrógino, Pete era comparado com Boy George (ele chegou a dizer que Boy o copiou) e os dois foram dos artistas mais representativos da década dentre para a comunidade LGBT por quebrarem padrões de comportamento e estilo.

No Brasil, o maior sucesso do Dead or Alive foi Come Home with Me Baby, música que estourou nas rádios em 1990 e rivalizava com Vogue, da Madonna, dentre os clássicos gays das pistas. No clipe, ele mistura visuais ditos masculinos e femininos em volta a homens malhados.

Pete nunca se definiu como transgênero, apesar de ser muitas identificado como tal. Em entrevistas, ele chegou a dizer que aos 13 anos descobriu que não precisava ser "ela" para usar maquiagem.

Nos anos 1990, os hits sumiram e ele fazia mais aparições na TV para falar sobre as constantes cirugias plásticas - nariz, bochecha, lábios - que fazia. O cantor foi casado por 26 anos com a estilista Lynne Corlett, de quem se divorciou em 2006 e, então, se casou com Michael Simpson.


Parceiros:Lisbon Gay Circuit Porto Gay Circuit
© Todos direitos reservados à Guiya Editora. Vedada a reprodução e/ou publicação parcial ou integral do conteúdo de qualquer área do site sem autorização.