Associação de nordestinos entra com ação contra Karol Conká

Comentário da rapper sobre a paraibana Juliette Freire motivou processo

Publicado em 10/03/2021
Karol Conká é processada por associação de nordestinos
Associação pede que cantora doe cestas básicas

A Associação dos Nordestinos do Estado de São Paulo (Anesp) entrou com ação civil pública na Justiça do Rio de Janeiro contra a cantora Karol Conká.

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A petição foi motivada por declaração da artista na primeira semana de confinamento no BBB21.

"Me disseram que lá na terra [Paraíba] dessa pessoa é normal falar assim", comentou Karol com Thaís Braz e Sarah Andrade.

E continuou: "Eu sou de Curitiba, é uma cidade muito reservadinha, tenho os meus costumes. Tenho muita educação para falar com as pessoas."

A declaração foi uma das que motivaram repulsa do público contra a rapper, eliminada do reality com rejeição recorde de 99,17% em 23 de fevereiro.

Fundadora da Anesp, Francis Bezerra chamou a atitude da cantora de "covardia".

"Nós, da Anesp, sempre tivemos esse enfrentamento para tentar minimizar essa covardia, porque isso é uma covardia", disse Francis ao Notícias da TV.

"Tem de respeitar o nordestino, tem que conhecer a nossa história para não discriminar. O mínimo que nós queremos é respeito às nossas tradições. Isso tem que acabar, isso é doloroso. As nossas crianças têm que brincar sem o medo de passarem pela chacota, de baterem na cabeça, de serem humilhadas. Nós não vamos parar enquanto esse tipo de situação acontecer."

Para a ação, "Karol Conká cometeu os crimes de difamação, de acordo com o Código Penal, podendo ter sua punibilidade excluída desde que faça formalmente um pedido de desculpa. E também cometeu o crime de xenofobia, ao fazer comentários desrespeitosos sobre o povo, cultura e o local em questão; inferiorizou Juliette por seus costumes, além de ridicularizar seu sotaque, comparar seu local de origem com o da vítima, ridicularizando-a e a considerando inferior intelectualmente devido à sua cultura".

A associação pede que Karol doe cestas básicas. "E vamos levar metade das doações para o Nordeste e a outra metade para comunidades carentes em cidades de São Paulo para fazer uma grande distribuição, prestando conta do que estamos fazendo. O ser humano só recua quando é atingido no bolso, enquanto ele não é atingido no bolso não está nem aí. Nós não queremos dinheiro, queremos cestas básicas', disse Francis.

A TV Globo é citada como autora no documento e a associação pede que seja dado o mesmo espaço que a cantora teve como direito de resposta.

Quando deixou o reality, a cantora negou que tenha tido qualquer tipo de preconceito contra nordestinos.


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