Com 49 paradas, Salvador é a cidade com mais marchas LGBT no mundo

Prefeitura fornece apoio financeiro aos eventos, que são realizadas de julho a dezembro

Publicado em 15/08/2023
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Capital baiana tem paradas em praticamente todos os fins de semana do segundo semestre

Salvador pode ter perdido o título de capital do Brasil, mas há anos ostenta com galhardia a de capital mundial do orgulho LGBT. A cidade é que mais realiza marchas arco-íris no planeta. 

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E está cada vez mais dificil tirar Salvador do pódio. Em 2022, houve 35 marchas LGBT. Se todo o planejamento der certo, este ano vai ser encerrado com 49 caminhadas. 

Tal número faz Salvador, sozinha, ter mais paradas que países inteiros tais como Peru, Bolívia, Colômbia e Uruguai. 

Essa força vem do fato de ter virado tradição bairros e até partes deles fazerem paradas. Ano passado, por exemplo, a marcha estadual, organizada pelo Grupo Gay da Bahia, não foi realizada por falta de dinheiro, entretanto, o orgulho continuou forte por toda cidade. 

O calendário de 2023 começou em 2 de julho com o evento de Cajazeiras 10, um setor de bairro de mesmo nome e que é o maior da capital baiana e da América Latina, de acordo com a prefeitura. Outras áreas de Cajazeiras também realizam caminhadas do orgulho. 

Até a última parada programada, a do Centro Histórico, em 10 de dezembro, haverá eventos LGBT ativistas em praticamente todos os fins de semana. 

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São tantas paradas que não é possível evitar que haja mais de uma parada no mesmo dia. Em 27 de agosto, por exemplo, vão ser promovidas quatro caminhadas. O mesmo vai ocorrer em 26 de novembro. 

O grande responsável por esse cenário é o ativista Yorran, presidente da Associação das Paradas do Orgulho LGBT de Salvador (Aspolgbt).

Seu trabalho é reunir os organizadores das marchas e fazer negociação com o Poder Público. 

"Trios elétricos, conseguimos com os gabinetes dos vereadores. O Poder Executivo nos ajuda com isenção de taxas e, neste ano, com R$ 10 mil para cada parada. Segue-se a metodologia utilizada no carnaval com os blocos afros. Faz-se o evento e, depois da execução e comprovação da a sua realização, a prefeitura reembolsa. Essa foi uma solicitação nossa junto à Secretária Municipal da Reparação e prontamente atendida pela secretária Ivete Sacramento, que encaminhou o nosso pedido ao prefeito Bruno Reis (União Brasil)", disse Yorran ao Guia Gay Salvador

 

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