Para eleitores de Trump, homens sofrem mais preconceito que LGBT

Mulheres e negros também são menos discriminados que homens brancos, para essa parcela da população, diz pesquisa

Publicado em 20/10/2018

Para eleitores de Trump, homens brancos sofrem mais preconceito que gays, mulheres e negros

A capacidade de ver a realidade de modo distorcido parece não ter fim. Pesquisa mostra que eleitores de Donald Trump acreditam que homens sofrem mais preconceito que mulheres, negros, mexicanos e LGBT.

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Do recorte feito dentre os entrevistados, 49% dos que votaram no atual presidente norte-americano acreditam que homens sofrem preconceito nos Estados Unidos hoje em dia. Em comparação, apenas 11% dos que votaram em Hillary Clinton pensam o mesmo.

Quase todas as minorias sofrem menos preconceito que homens, ao menos para os eleitores de Trump. Veja: só 30% acreditam que mulheres são discriminadas, 41% pensam o mesmo sobre LGBT, 42% sobre mexicanos-americanos e 46% sobre imigrantes.

Quando questionados sobre qual raça enfrenta menos dificuldades, 18% responderam negros, 17% falaram brancos e para 65% não há diferença alguma. Os números dentre os que votaram na candidata democrata continuam diferentes: para 79% dos eleitores de Hillary é muito mais fácil ser branco do que negro no país.

Voltando ao recorte LGBT, para 92% dos eleitores de Hillary a comunidade arco-íris sofre preconceito. Se considerarmos o gênero, 70% das mulheres acreditam nisso, contra 61% dos homens. Nos números totais, 66% pensam que LGBT são discriminados no país, 24% acreditam que pouco discriminados e 10% nada discriminados.

Em uma outra pergunta, os entrevistados foram indagados o quão importantes são as questões LGBT na hora de se decidir pelo candidato ao Congresso este ano (os norte-americanos vão votar para senador e deputados em novembro).

Para 26%, a questão é muito importante, para 33% de alguma forma importante e para 41% nada importante. Quando é feito o recorte por gênero, as repostas ficam assim: 28%, 35% e 37%, respectivamente, dentre as mulheres, e 25%, 29% e 46% dentre os homens.

Os direitos LGBT são mais levados em consideração pelos mais jovens: responderam que é muito ou de alguma forma importante esta questão 66% dos que têm entre 18 e 29 anos, 68% dos que têm entre 30 e 44 anos, 55% dos que estão na faixa entre 45 e 64 anos e 54% dos que passaram dos 65 anos.

Quando o recorte é feito por eleitores de Trump e Hillary, a diferença é gritante: a questão é muito importante para 45% dos eleitores de Hillary e 9% para os de Trump; de alguma forma importante para 39% dos eleitores de Hillary e 23% para os de Trump; e nada importante para 16% de quem votou na democrata e 68% de quem votou no republicano.

Foram entrevistados 1.500 norte-americanos com mais de 18 anos pelo instituto de pesquisas YouGov entre 14 e 16 de outubro.


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